Travel + Photo | Jiji à Paris! | Dia 3

Voltemos a Paris? Oui!

O terceiro dia tinha o primeiro destino já apontado: Versailles! Bem cedo, saímos para as ruas de Paris e fomos presenteados com a sua linda luz matinal - juro que se lá vivesse acho que passava a acordar todos os dias mais cedo só para poder sair às ruas com pouco movimento e ver aquela luz para começar bem o dia. Fomos a pé até à margem sul do Sena, aproveitando as vistas e sabendo que ainda tínhamos uma horinha de comboio pela frente.



Apanhamos o RER em St. Michel em direcção a Versailles Chantiers, porque, devido à greve e a um corte na linha, não podíamos sair na estação mais próxima do palácio. Tudo bem, eram mais umas ruas que ficaríamos a conhecer! Devo salientar que o pessoal das estações não teve problema nenhum em ajudar-nos, contrariando a ideia de que os franceses são antipáticos - nada disso!

Chegados a Versalhes, demos com uma vila tranquila, de edifícios baixos e bem tratados, com ruas luminosas e de cores vivas. Honestamente, acho que passar aqui um fim-de-semana deve permitir descobrir alguns segredos bem bonitos! Caminhamos um pouco e, ao fundo de uma larga e bonita avenida, lá estava ele: o Palácio de Versalhes!

CHATEAU DE VERSAILLES

Palácio ou Castelo, já ouvi as duas versões. Foi mandado construir por Luís XIV, o Rei Sol, em 1660, para instalar o seu governo absolutista a uma distância segura das doenças de Paris. Ou como eu insisti em repetir 10 000 vezes durante a nossa visita, foi mandado construir pelo "Rei Que Não Tinha Mesmo Nada A Mania Das Grandezas, Nem Pensar". A vista do Chateau de Versailles ao longe é lindíssima, imponente. Ao perto, é lindíssima e imponente. Ao detalhe? Lindíssima e imponente. Não há um detalhe que tenha sido deixado ao acaso. Muito dourado, muita luz, muitos pormenores para ver e absorver. Estão a imaginar a série? É isso mesmo.

Confesso que acabei por tirar poucas fotos aqui, não só por estar com medo de acabar com o cartão da máquina (já tinha enchido 32 GB em dois dias...sim, eu tenho um problema), mas principalmente porque não conseguia descolar os olhos de todos os pormenores. Há um audioguia para acompanhar a visita que é totalmente gratuito, portanto saímos de lá sabendo algumas histórias que explicavam a opulência daquele espaço.



Infelizmente, no dia da nossa visita só a ala principal do Palácio estava aberta para visitas, pelo que mais de metade do edifício ficou por ver (visita essa que foi a um sábado, na semana anterior ao início do Euro...algo me diz que os franceses não são muito organizados). Dei graças por não ter pago bilhete (por ser menor de 26 anos) e por ter chegado cedo (quando saímos a fila já devia ter à vontade uns 400 metros, no kidding).

O plano era visitar o Palácio de manhã e ir almoçar aos jardins...que estavam com um evento qualquer que tornava obrigatório pagar uma pequena fortuna para entrar e ficar mais 2 horas na fila. Pois. Não vai dar, o mau feitio já começava a tomar conta de mim - fome, o que tu me fazes...Mas sabíamos que havia uma zona do parque de entrada livre, com entrada a cerca de um quilómetro da entrada principal. Siga! Mais um passeio e descobri que adoro esta zona!



Os parques de acesso gratuito a todos (mesmo a quem é maior de 26 anos) já valem a visita. Relvados enormes, com algumas vedações porque há por lá ovelhinhas a pastar (e que belas fotos que elas me renderam!), mesinhas, muito espaço para festas de anos e piqueniques, e apenas o som dos pássaros e da brisa como companhia. O descanso perfeito para as pernas e as costas que gritavam por socorro.




Entretanto o cansaço começava a tomar conta de nós, por isso achamos por bem fazermo-nos ao caminho antes que adormecêssemos de vez. Ao voltar para a estação apercebemo-nos que os edifícios gigantes que estão à frente da entrada para o Palácio eram na verdade os Estábulos (este Rei Sol não tinha mesmo nada a mania das grandezas, não). Estava a decorrer uma exposição de coches - confesso que não sei se era temporária - e entramos. Mais uma vez, manias das grandezas por todo o lado, mas agora era mais patente a mania do Napoleão. Mas tudo bem, deixaram-nos estas coisas bonitas para ver!


Quando saímos dos Estábulos...chuva. Pois é, diz que isto acontece naquela zona. E nós com o guarda-chuva e as capas no apartamento. Se há coisa que me deixa mal-disposta (ou como eu diria coloquialmente, com os azeites) é ter as coisas e lixar-me por não as ter levado por preguiça. Então fiquei com um mau feitio demoníaco, que só piorou quando saímos em St. Michel, já em Paris, e chovia torrencialmente. Fomos buscar as capas, mas eu esqueci-me de mudar de roupa - conselho de amiga: NUNCA vistam uma capa da chuva por cima de roupa molhada. A sério. Sauna instantânea. Lição para a vida.

Mas bom, a vida continua! De mau feitio em punho e água a chatear (mas só dentro da capa porque entretanto parou de chover - ai destino, aiiiii destino...) voltamos para a margem sul do Sena, para o Quartier Latin. O fim de tarde e a noite seria passados nesta zona da qual me tinham dito maravilhas - que só se confirmaram!

PANTHÉON
- Perdoem-me a falta de fotos, mas realmente nem para as fotografias estava sintonizada! -

O Panteão foi o primeiro local visitado, que nem tínhamos previsto. Mas acabamos por ter tempo livre então fomos lá, e ainda bem. É uma sepultura monumental, que vale bem a pena a visita, onde estão Alexandre Dumas, Marie Curie, Voltaire, Vitor Hugo, entre muitos outros. Mas eu, croma me confesso, fiquei fascinada com a arquitectura e com algo que nem sabia estar lá: o primeiro Pêndulo de Foucault, que, de uma forma muito resumida, prova a rotação da Terra.

Ficamos também com a ideia de que a vista da cúpula provavelmente seria espectacular, mas infelizmente não fomos a tempo da última subida. Entretanto, descemos à cripta, crua, fria, mas que impõe respeito.

O local seguinte era aquele onde queríamos passar o fim de tarde e descansar um pouco, mas mal sabíamos que seria a cura para todas as más disposições: o Jardin du Luxembourg.

JARDIN DU LUXEMBOURG

Este lugar é maravilhoso. Um jardim enorme, com imensas zonas distintas, encimadas por um palácio lindíssimo (que, infelizmente e para não quebrar a nossa sina, estava em obras), que nos proporcionou um fim de tarde de plena fotossíntese com a companhia de muitos parisienses que aqui vêm relaxar. Os pés não permitiram a visita a toda a sua extensão, mas cada avenida que víamos era mais bonita e harmoniosa do que a próxima. E a praça central, com um lago enorme, onde patos nadavam, crianças brincavam, e muita gente aproveitava o pôr do sol como se não houvesse nada de mau no mundo, trouxe-nos o merecido descanso. A receita ideal para a boa vida!









ST. MICHEL

A fome começava a fazer das suas, por isso rumamos ao bairro de St. Michel para jantar - sabíamos que encontraríamos lá locais baratos e com bom aspecto. O difícil foi escolher - já se sabe que nestas zonas turísticas há sempre quem muito prometa e depois pouco cumpra...mas bom, fomos pela escolha segura: um belo de um kebab gigante e cheio de batatas. Soube-nos pela vida!

Seguiu-se um passeio pela zona - em Paris, por esta altura, anoitece tarde, portanto deu mais do que tempo para mais umas fotos. Muitas esplanadas bonitas, montras muito doces, muita gente na rua, sorrisos, vendedores de tudo e mais alguma coisa, e um ambiente acolhedor nas ruas estreitas. Confesso, senti-me em casa - fez-me lembrar a zona das Galerias no Porto!








Voltamos. Estava na hora, e o corpo já não podia muito mais - embora estivesse bem compostinho e já mais confortável do que tinha estado antes. No Domingo havia mais para ver - era o dia de correr museus e subir à Torre Eiffel!

Ufa perdoem o post gigante! Na próxima viagem temos que considerar a hipótese de descansar mais e visitar menos - sempre sobra o que fazer em próximas visitas!

22 comentários :

  1. Os meus olhos regalaram-se! As fotos estão um atraso!!! <3

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  2. *(damn autocorrect!) Estão um arraso!!! <3 <3 <3

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  3. Escreve para aí que nó queremos saber tudinho! e ver... Fotos lindas...

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  4. Sonho com Versalhes há anos e é este verão que vou poder ver tudo com os meus olhos! Mal posso esperar! :D

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    1. Vais adorar, tenho a certeza - embora eu não tenha conseguido ver grande parte (buaaaaaah!)

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  5. Que fotos maravilhosas! Adorava ir a Paris ;) Todas as fotos estão lindas, mas gosto especialmente da verdinha com a ovelha :) e a dos Macarons ;) E sim, conta-nos e mostra-nos tudo. :)

    Um beijinho

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  6. Gostava tanto de visitarrrr! E as tuas fotos estão um amor, que coisa linda!

    Beijinhos, Dalila ♡ | The Lost Louboutin Blog |

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  7. As tuas fotos de Paris deixam-me a babar!!! Dá mesmo vontade de ir já para lá!


    www.asofiaworld.com

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  8. Joana, Joana... Estas tuas capturas estão qualquer coisa que magnifique! Hei de falar com o meu prof. de Desenho para ele incluir as tuas fotos nos manuais de HCA, já que é ele quem faz a maior parte do trabalho eheheh!
    Brincadeiras à parte, cada vez mais me apaixono pelas tuas fotografias! Aliadas aos teus textos, é impossível ficar indiferente às tuas publicações. Por mim, poderias ter feito um relato de cinco metros, que eu leria com o maior gosto, babando-me cada vez mais pelas imagens!
    O Palácio de Versalhes foi o que eu mais gostei de estudar! Mesmo com todas aquelas opulências, há que admitir que é um edifício de cortar a respiração!
    *ansiosa para as próximas publicações*

    A Vida de Lyne

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    1. Ahah oh Carol <3 muito obrigada!
      Sim, é um "exagero", mas um exagero de cortar a respiração mesmo. É lindíssimo!

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  9. Ual! Seria meu sonho? Incrível! As imagens não te deixam mentir.

    www.priscilaaborda.com

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  10. Não deu para ir a Versailles quando estive por Paris, mas sem dúvida que fica para um próxima visita. É sempre bom ter desculpas para voltar :) As fotografias estão lindas, só me apetece ficar a olhar para elas o dia todo...

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  11. Joana, estão lindas as fotografias!! Que vontade de me pôr dentro delas e voltar lá!
    O Jardin du Luxembourg é maravilhoso...quem me dera ter algo do género aqui na minha cidade. Acho que era presença assídua lá! Nem que fosse para ficar a olhar para as pessoas a passar!

    Beijinho,
    Raquel

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    1. Muito obrigada, Raquel! Ahh como te entendo, eu faria exactamente o mesmo!

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